sexta-feira, 30 de abril de 2010

Grão-de-bico te deixa mais feliz. Grão-de-bico espanta a depressão


Nutrição MATÉRIA

Grão-de-bico te deixa mais feliz
A casca do grão-de-bico é rica
em fibras. No entanto, por concentrar também
substâncias que dificultam a
absorção de nutrientes, a maioria das
receitas pede a semente descascada
Complementos

Valores nutricionais das leguminosas

Receita - Puchero light

A origem do grão- de- bico

Grão-de-bico espanta a depressão
A leguminosa está lotada de triptofano, um aminoácido essencial para a produção da serotonina a substância que traz sensações agradáveis. E esse é só um dos seus atributos

Vamos direto ao ponto: o grão-de-bico não ocupa lugar de destaque no ranking das leguminosas mais populares. Questão de gosto ou questão de preço? É difícil dizer, mas a verdade é que essa espécie custa pelo menos cinco vezes mais do que outro membro da família, o feijão, que também já não é tão assíduo na mesa do brasileiro. A relação custo benefício, porém, vale o investimento. Quem vive meio tristonho sem motivo aparente na certa mudaria de humor se botasse esse alimento no prato com freqüência.

É provável até que nossos ancestrais soubessem desse efeito. Ou então teriam desistido do cultivo da planta, extremamente sensível às condições de clima e solo e também ao ataque de pragas. Hoje quem empresta sua chancela à leguminosa é a prestigiada revista científica internacional Journal of Archaeological Science, que divulgou recentemente trabalho de pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Haifa, ambas em Israel, exaltando suas propriedades.

Por aqui nossos cientistas também dão seu aval ao grão-de-bico, boa fonte de ferro, carboidratos e proteínas. Leonardo Boiteux, estudioso do centro nacional de pesquisa de hortaliças da Embrapa, empresa brasileira dedicada ao estudo e ao desenvolvimento agropecuário, atribui o alto teor protéico a uma combinação de aminoácidos. Entre eles a estrela é o triptofano, que aparece em grandes quantidades. Essa substância é usada pelo organismo para a produção de um neurotransmissor chamado serotonina, responsável pela ativação dos centros cerebrais que dão sensação de bem-estar, satisfação e confiança.

"Boas doses desse composto resultam ainda em diversos efeitos fisiológicos, como maiores taxas de ovulação e melhora no padrão de desenvolvimento das crianças", diz o pesquisador. A nutricionista Andréa Penatti Ferreira, que recentemente estudou as alterações químicas do grão-de-bico durante o cozimento para sua dissertação de mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba, acrescenta que a disponibilidade de ferro é outro diferencial da leguminosa.

Na tabela os valores desse mineral no grão-de-bico aparecem ligeiramente inferiores aos de seus parentes. O mesmo acontece comos teores de proteína. Contraditório? "Não", responde Maria Esther Fonseca, também pesquisadora da Embrapa. "O ferro disponível nessa leguminosa é mais bem aproveitado pelo organismo. Quanto às proteínas, a qualidade delas é muito superior à das demais leguminosas, sem contar que são totalmente digeridas, o que não acontece com suas congêneres", explica a especialista. E as vantagens do grão-de-bico não param por aí.

Ele acumula fitoestrógenos e por isso já começa a ser usado em terapias de reposição hormonal na menopausa."Essas substâncias, também chamadas de hormônios vegetais, têm se mostrado capazes de prevenir a osteoporose e problemas cardiovasculares, embora não tanto quanto aquelas extraídas da soja", diz Maria Esther. Se depender dos cientistas da Embrapa, o grão-de-bico ficará ainda mais nutritivo.

Eles buscam o aperfeiçoamento genético para obter novas variedades adaptáveis a várias regiões. "Pretendemos também aumentar os teores de triptofano", anuncia o pesquisador Warley Nascimento. "Assim quem sabe o astral do brasileiro até melhore." E, para derrubar de vez a resistência de quem torce o nariz para a leguminosa, nada como uma especialidade da cozinha espanhola, o puchero, mas em versão light para tornar o prato ainda mais saudável.

A casca do grão-de-bico é rica
em fibras. No entanto, por concentrar também
substâncias que dificultam a
absorção de nutrientes, a maioria das
receitas pede a semente descascada
Preserve seu cérebro com nutrientes
Proteína vegetal emagrece

Na tabela os valores desse mineral no grão-de-bico aparecem ligeiramente inferiores aos de seus parentes. O mesmo acontece comos teores de proteína. Contraditório? "Não", responde Maria Esther Fonseca, também pesquisadora da Embrapa. "O ferro disponível nessa leguminosa é mais bem aproveitado pelo organismo. Quanto às proteínas, a qualidade delas é muito superior à das demais leguminosas, sem contar que são totalmente digeridas, o que não acontece com suas congêneres", explica a especialista. E as vantagens do grão-de-bico não param por aí.

Ele acumula fitoestrógenos e por isso já começa a ser usado em terapias de reposição hormonal na menopausa."Essas substâncias, também chamadas de hormônios vegetais, têm se mostrado capazes de prevenir a osteoporose e problemas cardiovasculares, embora não tanto quanto aquelas extraídas da soja", diz Maria Esther. Se depender dos cientistas da Embrapa, o grão-de-bico ficará ainda mais nutritivo.

Eles buscam o aperfeiçoamento genético para obter novas variedades adaptáveis a várias regiões. "Pretendemos também aumentar os teores de triptofano", anuncia o pesquisador Warley Nascimento. "Assim quem sabe o astral do brasileiro até melhore." E, para derrubar de vez a resistência de quem torce o nariz para a leguminosa, nada como uma especialidade da cozinha espanhola, o puchero, mas em versão light para tornar o prato ainda mais saudável.

A casca do grão-de-bico é rica
em fibras. No entanto, por concentrar também
substâncias que dificultam a
absorção de nutrientes, a maioria das
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Preserve seu cérebro com nutrientes
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domingo, 18 de abril de 2010

Aprenda Razão - MATEMÁTICA. 1 está para 2 assim como 2 está para 4

1 Político está para duas caras, assim como 2 políticos está para 4 caras.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pode servir para Concursos- O VERDADEIRO CHEguevara.


O verdadeiro Che Guevara
– por Paulo Zamboni em 5 de junho de 2009 Análise - Resenhas


Ernesto Guevara: ícone dos pobres, mas de relógio Rolex no pulso, claro
Transformado ao longo dos anos numa espécie de “Jesus Cristo revolucionário” graças aos esforços incansáveis da esquerda mundial, o argentino Ernesto Guevara é objeto de autêntico culto a personalidade em todo o mundo.
Entretanto, a leitura do livro do cubano-americano Humberto Fontova, O verdadeiro Che Guevara, e os idiotas úteis que o idolatram (Editora É Realizações, São Paulo, 287 páginas), deixa claro que, embora Guevara seja um inegável sucesso de marketing político e comercial – com sua imagem estampando desde camisetas para bebes até biquíni vestido pela supermodelo Gisele Bündchen – na vida real pode ser considerado um fracasso.

Lançando mão de muitas fontes bibliográficas e orais, especialmente de ex-companheiros de Guevara, Fontova relata, de maneira impiedosa e irônica, como o argentino, muito longe do homem perfeito idealizado pela mitologia esquerdista, era uma pessoa ressentida, vingativa, incompetente e responsável direto pelo assassinato de centenas de pessoas absolutamente inocentes de qualquer tipo de crime.

Vindo de uma desestruturada família burguesa argentina simpatizante do comunismo, Guevara seria considerado, sob qualquer aspecto, um vagabundo, um andarilho perdido no mundo. Seu envolvimento com exilados cubanos no México após uma passagem pela Guatemala acabou levando-o para aventuras em Cuba, no seio do movimento armado contra o ditador Fulgêncio Batista.

A luta contra Batista é um capítulo a parte, que revela muito do modus operandi de Guevara e Fidel Castro. Diferente do senso comum, segundo o qual Batista foi derrotado por uma série de intensas batalhas movidas por guerrilheiros audaciosos, o que menos houve na derrocada de Batista foi luta armada. Castro operava, sobretudo, no terreno da propaganda, angariando dinheiro em grande quantidade, especialmente das elites cubanas, cansadas do regime de Batista, e as simpatias internacionais, em particular nos Estados Unidos, através da mídia que se encarregou de forjar a imagem de valorosos revolucionários para Fidel Castro e Che Guevara – que, aliás, nessa época era apenas mais um dentre vários colaboradores da revolução.

O regime de Batista caiu principalmente pela corrupção de suas forças, que aceitavam dinheiro de Fidel Castro para retirar-se sem luta, cansaço das elites cubanas e dos americanos em tolerar os métodos de Batista, e, em especial, a crença em que Castro e seus homens eram realmente democratas e honestos em seus objetivos.

Após a vitória na luta contra Batista, em pouco tempo a verdadeira face do regime revelou-se: violência, assassinatos, tortura e prisões. E Guevara teve papel fundamental nisso.

Castro e Guevara: senhor e vassalo no reinado de terror imposto aos cubanos
Neste ponto, Fontova faz uma clara distinção entre Castro e Guevara. Enquanto Fidel Castro era muito mais hábil, utilizando a violência como meio para atingir um fim, Guevara parecia ver na brutalidade e assassinatos um fim em si mesmo. Guevara acreditava que a “violência revolucionária” – leia-se, a morte sem piedade de todos os inimigos, reais ou imaginários – era a melhor forma de controlar o poder. Assim, desde o começo, Guevara ligou-se ao aparato repressivo do bloco soviético, transportando seus métodos para o cenário cubano.

Talvez o mais chocante para os fás de Guevara que por ventura lerem o relato de Fontova, seja a imensa distância sobre o significado que lhe é atribuído – um ícone da liberdade e igualdade – e sua real figura. Assim, um homem que é cultuado por líderes de minorias raciais, hippies, alternativos e jovens, tinha, na verdade, uma mentalidade racista, patriarcal, despótica e arrogante, desprezando negros, jovens, “cabeludos”, música – enfim, tudo aquilo que, dizem as esquerdas e desinformados em geral, Guevara simbolizaria.

Humberto Fontova mostra como essas e muitas outras incoerências foram e ainda são resultado do verdadeiro caso de amor que existe entre os meios intelectual e midiáticos, especialmente o norte-americano, e a ditadura de Fidel Castro, citando por exemplo o jornal New York Times, que repetiu com Castro exatamente o que já tinha feito, na década de 1930, encobrindo os crimes do regime de Stalin. [*]

A imensa incompetência de Guevara a frente do ministério da economia destruiu a infraestrutura cubana, desorganizando até hoje um dos países mais prósperos das Américas, levando o caos e a miséria a uma população cristã e orgulhosa, favorecendo sua submissão ao projeto de poder totalitário ambicionado por Fidel Castro. A este respeito, o autor mostra com números e informações detalhadas como Cuba era econômica e socialmente antes da chegada ao poder de Castro e Guevara e como ficou depois.

O livro revela episódios pouco conhecidos, como o envolvimento de Guevara em uma série de atentados terroristas frustrados nos EUA, logo após a chegada ao poder em Cuba, época em que os americanos ainda tinham ilusões quanto aos objetivos de Fidel Castro; o real significado da Crise dos Mísseis – que funcionou como um “sinal verde” para Castro impor seu regime totalitário a Cuba, já que teve a garantia dos EUA de que sua ditadura não seria incomodada –; a chamada “invasão da Baía dos Porcos” e a dura repressão contra a revolta popular mantida durante metade da década de 1960 pela população rural cubana contra o regime de Fidel Castro, como reação à coletivização forçada.

As aventuras externas de Guevara, primeiro no Congo e depois na Bolívia, em missões militares permeadas de muita retórica revolucionária vazia e nenhuma competência até mesmo para assuntos práticos elementares (como, por exemplo, ler uma bússola para não se perder na selva), resultaram primeiro no descrédito de Guevara como um líder revolucionário viável, após o fracasso no Congo, e, depois, em sua morte na Bolívia, encerrando assim sua vida e carreira de revolucionário que se pretendia genial. Curioso notar que tanto no Congo quanto na Bolívia Guevara foi confrontado por forças das quais faziam parte cubanos que haviam deixado seu país após o início dos desmandos do "Che" e Castro, e que demonstraram muito mais competência militar do que Guevara, cuja tão falada habilidade tática e estratégica encontra-se guardada junto com seus demais méritos, ou seja, na propaganda.

Livro de Humberto Fontova: Guevara exposto
O livro de Humberto Fontova é valioso não apenas pelas suas informações, que inclusive podem ser um ótimo antidoto para os inocentes úteis simpatizantes de Guevara, mas por ser o único trabalho publicado no Brasil, em muito tempo, a ir contra o senso comum que transformou um homem medíocre em um deus no templo da ideologia comunista.

Destaque também para o documentário que acompanha o livro, “Guevara, Anatomia de um mito”, com imagens e depoimentos sobre Ernesto Guevara desde seus tempos de desocupado na Guatemala até sua morte na Bolívia, complementando de forma muito eficiente e sóbria o trabalho de Fontova.


[*] Nota: Um dos maiores biógrafos “chapa-branca” de Guevara citado várias vezes ao longo do livro de Fontova, o mexicano Jorge Castãneda, antigo esquerdista radical há alguns anos convertido ao socialismo light de cunho social-democrata atualmente predominante na política latino-americana e nos EUA, esteve há poucos dias envolvido num episódio no minimo curioso. Convidado para um evento na Venezuela, promovido pela oposição ao ditador Hugo Chávez, Castãneda criticou o fato de que “Chavez estava tentando criar outra Cuba” na América Latina. Para quem dedicou grande parte de sua vida a incensar o tirano Castro e vassalos do ditador como Guevara, essa é uma virada e tanto.

sábado, 10 de abril de 2010

Um Gênio do Mal muito mau.




Carlos Marighella, você o conhece? Pois saibam que 38 anos de seus 57 anos de vida foram dedicados à violência e à subversão. Esse é o herói do Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no Recife que o País precisa prestigiar os seus "heróis", como o guerrilheiro de esquerda Carlos Marighella, morto em 4 de novembro de 1969, há 40 anos.




"Os congressistas têm, de vez em quando, de lembrar as figuras que fizeram alguma coisa importante no nosso país, porque somos um país sem muitos heróis. Talvez porque nós fomos sempre colonizados e colônia não pode ter herói, então, temos vergonha de reconhecer nossos heróis", declarou o presidente.

Acho que precisamos saber de todas as pessoas que tentaram, em algum momento, construir alguma coisa importante e não ter vergonha de começar a criar nossos heróis, senão as pessoas vão morrendo, vão ficando desapercebidas e daqui a pouco só é herói aquele que está na novela e morre."

Fonte: Portal G1

Veja também:

Militantes querem nome de Marighella em praça do Rio

Um breve histórico de Carlos Marighela, o ideólogo do terror

Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 05/12/1911. A militância de Marighella vem de longe. Sua trajetória revolucionária remonta à década de 30. Em 1932 ingressou na Juventude Comunista e na Federação Vermelha dos Estudantes. Em 1936, abandonou o curso de engenharia e, cumprindo ordens do partido, foi para São Paulo reorganizar o PCB.

Em 1939, foi preso pela terceira vez e encaminhado para Fernando de Noronha.

Na prisão dava aulas de formação política aos detentos.

Em 1945, a anistia, assinada por Vargas, devolveu a liberdade aos presos políticos. Marighella, nesse ano, foi eleito deputado federal.

No governo Dutra, o Partido Comunista voltou à ilegalidade e passou a agir de novo clandestinamente. Em 7 de janeiro de 1948, os mandatos dos parlamentares do PCB foram cassados.

De 1949 até 1954, Marighella atuou na área sindical, aumentando a influência do partido, sendo incluído na Comissão Executiva e no Secretariado Nacional, órgãos dirigentes do PCB.

No Manifesto de Agosto de 1950, Marighella já pregava a luta armada, conduzida por um Exército de Libertação Nacional. Como membro da Executiva chefiou a primeira delegação de comunistas brasileiros à China, em 1952, que já se preparava para a futura guerrilha implantada no Brasil na década de 60 , com a desculpa de derrubar o regime militar.

Ao voltar, passou a trabalhar as massas para preparar a futura revolução brasileira.

O passo seguinte seria a penetração no meio estudantil. Para isso, Marighella infiltrou-se, por meio de contatos, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde doutrinava professores e alunos. As sementes estavam sendo semeadas, era só aguardar o momento oportuno para a colheita.

A influência da revolução cubana, que passou a servir de modelo para muitos comunistas, contrariava as posições do Movimento Comunista Internacional e do próprio PCB, mas encantava revolucionários antigos, como Marighella e outros que, atuando desde a década de 30, não viam como conquistar o poder com uma luta de longo prazo. A tática de Fidel e Che Guevara, defensores da estratégia foquista - pequenos focos de guerrilheiros atuando em várias partes -, passou a ser o modelo ideal para o Brasil.

Em julho de 1967, foi convidado, oficialmente, para participar da 1ª Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), onde se discutiria um caminho para a difusão da luta armada no continente.

Desautorizado pelo partido e contrariando as linhas de ação adotadas pelo PCB, Marighella embarcou para Havana com passaporte falso. O evento reuniu revolucionários do mundo inteiro. Na ocasião, o slogan era “Um, dois, três, mil Vietnames”, outro exemplo de guerrilha que dera certo.

Estando Marighella em Havana, o PCB enviou um telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão.

Em 17 de agosto de1967, Marighella enviou uma carta ao Comitê Central do PCB, rompendo definitivamente com o partido.

Em seguida, deu total apoio e solidariedade às resoluções adotadas pela OLAS. Nesse documento ele escrevia:

“No Brasil há forças revolucionárias convencidas de que o dever de todo o revolucionário é fazer a revolução. São estas forças que se preparam em meu país e que jamais me condenariam como faz o Comitê Central só porque empreendi uma viagem a Cuba e me solidarizei com a OLAS e com a revolução cubana. A experiência da revolução cubana ensinou, comprovando o acerto da teoria marxista-leninista, que a única maneira de resolver os problemas do povo é a conquista do poder pela violência das massas, a destruição do aparelho burocrático e militar do Estado a serviço das classes dominantes e do imperialismo e a sua substituição pelo povo armado.”

Terminada a conferência, Marighella ficou alguns meses em Cuba com a certeza do apoio de Fidel a um foco guerrilheiro no Brasil. Em fins de novembro foi expulso do PCB.

De volta ao Brasil, incentivou a prática de assaltos, seqüestros e atentados a bomba. Numa audaciosa ação, seus asseclas ocuparam a Rádio Nacional no Rio de Janeiro, onde colocaram uma gravação no ar, conclamando os revolucionários do Brasil, onde quer que estivessem, a iniciar as ações revolucionárias.

Logo depois, a partir de setembro de 1967, Marighella iniciou o envio de militantes para curso de guerrilha em Cuba. Na primeira leva seguiu o chamado “I Exército da ALN”

Marighella criou, juntamente com Joaquim Câmara Ferreira, o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP). O AC/SP ou “Ala Marighella” expandia-se e atuava em vários estados. As idéias de Marighella encontram no meio estudantil campo fértil.

Marighella e o clero

Outras adesões viriam. No convento dos dominicanos, na Rua Caiubi, nº 126, no bairro de Perdizes, São Paulo, vários religiosos aderiram ao AC/SP.

Frei Osvaldo Augusto de Resende Júnior liderou várias reuniões congregando frades dominicanos, que se interessavam por política. Participavam dessas reuniões,entre outros: frei Carlos Alberto Libânio Christo (frei Betto), frei Fernando de Brito, frei Tito de Alencar Lima, frei Luiz Felipe Ratton, frei Francisco Pereira Araújo (frei Chico) e Ives do Amaral Lesbaupin (frei Ivo). Na ocasião, frei Osvaldo teceu comentários elogiosos ao AC/SP chefiado por Marighella. Logo depois, apresentou frei Betto a Marighella e conseguiu a adesão de vários dominicanos ao AC/SP e depois à ALN.

O engajamento dos dominicanos foi total. Seriam um apoio da ALN na guerrilha urbana e rural.


Seus adeptos seguiam a risca os ensinamentos pregados por Marighella:

-“O princípio básico estratégico da organização é o de desencadear, tanto nas cidades como no campo, um volume tal de ações, que o governo se veja obrigado a transformar a situação política do País em uma situação militar, destruindo a máquina burocrático- militar do Estado e substituindo-a pelo povo armado. A guerrilha urbana exercerá um papel tático em face da guerrilha rural, servindo de instrumento de inquietação, distração e retenção das forças armadas, para diminuir a concentração nas operações repressivas contra a guerrilha rural.

Apoiado pela chegada do “I Exército da ALN”, treinado em Cuba, Marighella liderou vários assaltos e atentados na área de São Paulo, ainda em 1968. Assaltos a trens pagadores, assaltos a carros transportadores de valores.

Intensificaram-se a seguir os atos de terror: atentados a bomba, assaltos a banco, seqüestros, assassinatos, “justiçamentos”, ataques a sentinelas e radiopatrulhas, furtos e roubos de armas de quartéis.

Em 1969, Marighella difundiu o Minimanual do Guerrilheiro, de sua autoria, que passou a ser o livro de cabeceira dos terroristas brasileiros. O livreto foi traduzido em duas dezenas de idiomas e usado por terroristas do mundo inteiro. As Brigadas Vermelhas, na Itália, e o Grupo Baader-Meinhoff, na Alemanha,seguiam seus ensinamentos.

Trechos do mini manual :

O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar

Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado

O pior inimigo da guerrilha e o maior perigo que corremos é a infiltração em nossa organização de um espião ou um informante.

O espião apreendido dentro de nossa organização será castigado com a morte. O mesmo vai para o que deserta e informa a polícia.

O guerrilheiro urbano tem que ter a iniciativa, mobilidade, e flexibilidade, como também versatilidade e um comando para qualquer situação. A iniciativa é uma qualidade especialmente indispensável. Nem sempre é possível se antecipar tudo, e o guerrilheiro não pode deixar se confundir, ou esperar por ordens.

Mas a característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:

a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.

b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas exropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.

É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.

No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.

A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.

Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.

A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros, bazucas, etc.

O conhecimento de vários tipos de munições e explosivos é outro aspecto a considerar. Entre os explosivos, a dinamite tem que ser bem entendida. O uso de bombas incendiárias, de bombas de fumaça, e de outros tipos são conhecimentos prévios indispensáveis.

Aprender a fazer e construir armas, preparar bombas Molotov, granadas, minas, artefatos destrutivos caseiros, como destruir pontes, e destruir trilhos de trem são conhecimentos indispensáveis a preparação técnica do guerrilheiro

A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate.

Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta distância, muito curta.

Para evitar sua própria extinção, o guerrilheiro urbano tem que atirar primeiro e não pode errar em seu disparo

As emboscadas são ataques tipificados por surpresa quando o inimigo é apanhado em uma estrada ou quando faz que uma rede de policiais rodeie uma casa ou propriedade. Uma mensagem falsa pode trazer o inimigo a um lugar onde caia em uma armadilha.

O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as armas e castigá-los com a morte.

As emboscadas para deter trens de passageiros são para propósitos de propaganda, e quando são trens de tropas, o objetivo é de eliminar o inimigo e tomar suas armas.

O franco-atirador guerrilheiro é o tipo de lutador ideal especialmente para as emboscada porque pode se esconder facilmente nas irregularidade do terreno, nos trechos dos edifícios e dos apartamentos sob construção. Desde janelas e lugares escuros pode mirar cuidadosamente a seu alvo escolhido.

As emboscadas tem efeitos devastadores no inimigo, deixando o nervoso, inseguro e cheio de temor.

Alguns livros, como A Rede do Terror- A Guerra Secreta do Terrorismo Internacional , de Claire Sterling transcreve alguns textos

“... não matam com raiva: esse é o sexto dos sete pecados capitais contra os quais adverte expressamente o Minimanual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighella, a cartilha-padrão do terrorista.


Tampouco matam por impulso: pressa e improvisação o quinto e sétimo pecados da lista de Marighella. Matam com naturalidade, pois esta é “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano” segundo reza a cartilha. O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto sobre o público.”


“... em primeiro lugar, escreveu Marighella, o guerrilheiro urbano precisa usar a violência revolucionária para identificar- se com causas populares e assim conseguir uma base popular. Depois: O governo não tem alternativa exceto intensificar a repressão.

As batidas policiais, busca em residências, prisões de pessoas inocentes tornam a vida na cidade insuportável. O sentimento geral é de que o governo é injusto, incapaz de solucionar problemas, e recorre pura e simplesmente à liquidação física de seus opositores.”

É este homem que levou vários jovens à morte, não só no Brasil , com as instruções de seu Minimanual , que a Câmara Municipal condecorou pelos relevantes serviços prestados à comunidade.

É este homem , que será homenageado , dia 4 /11 , dia de sua morte em confronto com o Dops, no monumento construído na Alameda Casa Branca, local de sua morte. Serão colocadas flores no local e sua companheira Clara Charf coordenará a cerimônia Estarão presentes outros ex-militantes da luta armada.

É esse homem , que roubou , sequestrou , encaminhou jovens para treinamento no exterior que será homenageado no Museu da Resistência, no antigo DOPS, com uma exposição sobre Marighella, que começa dia 7 com a presença de Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos“

É esse homem que segundo o ex-ministro José Dirceu "é parte da história brasileira. Ele acreditava que a principal tarefa era a libertação nacional e o fim da ditadura, para retomar o fio da história” . Em 2010, a história do líder da ALN será contada em um longa metragem, que está sendo produzido pela cineasta Isa Grinspun.

Suas vítimas ,porém , são esquecidas, varridas para baixo dos tapetes vermelhos da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. O Portal Memórias Reveladas criado por Franklin Martins e apresentado por Dilma Rousseff, não revelará nenhum dos crimes que ele e seus asseclas cometeram em nome de uma ideologia pela qual ele lutava desde 1930. Portanto, nada a ver com o regime militar, nem com liberdade ...

Veja também:

Manual de Guerrilha Urbana, de Marighella

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Jornal Nacional Flagra LULA MENTINDO

Quer conhecer o caráter de uma pessoa? Então dê poder a ela.
Viu no que deu dar poder ao Lula? êle tá que não se aguenta mais sem explicação, ele peita Juiz de Direito, ele peita o Congresso Nacional Brasileiro, ele peita o Tribunal de Contas da União, e JÁ ATUA COMO DITADOR e ninguem manda nele mais, nem o Congresso e nem o Judiciário.
AINDA BEM QUE LULA MANDA NO EXÉRCITO BRASILEIRO SÓ ENQUANTO O EXÉRCITO DEIXAR.

Lula já atua como Ditador e desrespeita Decisão do TCU e do Congresso Nacional Brasileiro

terça-feira, 6 de abril de 2010

PAULO MALUF NÃO QUER SER INVESTIGADO E ATACA CONTRA OS PROMOTORES DE JUSTIÇA.

Autor da "lei da mordaça", Maluf nega que projeto seja retaliação ao Ministério Público

06/04/2010 - 19h12 da Folha Online

Autor da chamada "Lei da Mordaça", o deputado Paulo Maluf (PP-SP) reagiu nesta terça-feira às criticas dos integrantes do Ministério Público Federal ao texto. Maluf negou que a projeto seja uma retaliação e afirmou que a resistência a discussão do projeto é motivada pelos "maus promotores que têm medo da Justiça".

Segundo Maluf, o debate sobre a proposta que prevê punição a procuradores e promotores que agirem de má fé é necessário para aperfeiçoar as instituições. Maluf, que é alvo de ações do Ministério Público Federal por suspeita de desvio de dinheiro público, negou que a proposta seja uma represália.

"Não é retaliação. Estou propondo que se vote democraticamente. Não querer votação é tirar a democracia do Brasil. Se é desnecessário, por que ser contra? Alguns maus promotores têm medo da Justiça", afirmou.

Um grupo de integrantes do Ministério Público Federal, liderado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, procurou nesta terça-feira o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Gurgel afirmou que o projeto é desnecessário e traduz "inutilidade".

"O projeto apresentado é absolutamente desnecessário. E sendo absolutamente desnecessário, parece que insistir na sua tramitação poderia dar ideia de alguma retaliação de pessoas que foram alvo da ação do MP", disse Gurgel.

O procurador admitiu que há abusos por integrantes do Ministério Público em investigações conduzidas em nível federal ou regional, mas disse que o Conselho Nacional do MP tem "plenas condições" de exercer o controle sobre a categoria, sem a necessidade da "lei da mordaça".

"Há uma diminuta minoria que às vezes comete os seus excessos, e é necessário que quando esses excessos ocorram, que haja atuação de órgão de controle, no caso o Conselho Nacional do Ministério Público. Reforçamos a capacidade do conselho de atuar coibindo esses abusos, quando ocorrem", disse o procurador.

Segundo Gurgel, a Constituição Federal atribuiu ao conselho do MP a responsabilidade por analisara conduta de integrantes da instituição. O procurador admitiu que o conselho precisa ter a "estrutura adequada" para exercer o controle interno da instituição, mas disse que eventuais adequações podem ocorrer em curso prazo.

O procurador disse que chegou a conversar com o deputado Paulo Maluf sobre a proposta, mas o autor do projeto insistiu na sua tramitação. O texto tramita em regime de urgência na Câmara, e pode ser colocado na pauta de votações nas próximas semanas.

Segundo Gurgel, Temer se comprometeu a levar a nota técnica apresentada pelos procuradores aos líderes partidários para que a posição do Ministério Público contrária à proposta seja considerada antes da sua votação.

Proposta

O projeto prevê punição a procuradores e promotores que agirem de má fé --chamada por boa parte dos membros do Ministério Público de 'Lei da Mordaça'. Proposto pelo deputado federal Paulo Maluf, o texto prevê a punição para procuradores e promotores que entrarem com ação contra políticos motivados por promoção pessoal, má-fé ou perseguição. As penas vão de pagamento de despesas com o processo a dez meses de reclusão.

A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) organiza uma série de protestos contra o projeto, que terão início nesta terça-feira. Segundo o presidente da associação, Antonio Carlos Bigonha, as manifestações contrárias ao projeto têm o objetivo de mostrar à opinião pública os prejuízos provocados com a aprovação da lei. "A proposta inaceitável de fazer calar o Ministério Público tem de ser combatida com rigor', afirmou Bigonha.